Não sabe caber no mundo
Hora espera, hora é
E o mundo
Que todos acham que gira
Mexe que nem maré
Vai e vem que nem criança
Que nem pensa no que quer
Chega na areia tão mansa
Mas vai embora se quiser
A vida torta de conceitos
Não nasceu pra interpretar
O que hoje é o sim
Amanhã só faz negar
E assim o tempo voa
Navega num barco à vela
E as ideias da menina
Simplesmente são só dela
Nada muda com a vida
E o tempo a navegar
A voar pelas palavras
Sem sabê-las decifrar
O A vira silêncio
O B tromba de mar
O C nem se repara
E o barco a fluturar
Passa a vida, passa o mundo
Passam sonhos, passa sina
E o que passa na cabeça?
É umbigo de menina
Clá, você não tem jeito... já passou a perna na mamãe mesmo. Mas isso só me dá orgulho e alegria. Eu posso dizer que tenho uma filha que de fato é escritora, sem qualquer receio de que alguém ache que é corujice. É incontestável. É um mar completo de ideias, palavras, ritmos e sensibilidade. Que Deus te conserve com essa veia poética pulsando dia-a-dia, segundo-a-segundo, porque os poetas estão morrendo, e os que estão vivos não são ouvidos. Beijos mil. Mamãe.
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