domingo, 22 de setembro de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
!!!!
Peguei todas as palavras que encontrei
Joguei com força na parede
A parede costumava não reclamar de nada
Mas nesse dia ela revidou
Pegou todas as palavras que ela não encontrou
E jogou na minha cara
O silêncio foi cruel
Cada segundo de nada me atingia como uma facada
E eu revidava com palavras afiadas de rancor
Mas a parede era melhor que eu
Me bombardeava com tudo o que encontrava pela frente
Cada tapa de solidão me derrubava
Cada grito mudo gerava em mim um eco diferente
Covarde, corri para o outro lado da enorme sala
Caído com o olhar fixo em minha inimiga
Assumi que finalmente fora vencido
Quando, do meu último sopro de som
Saíram as únicas palavras que a parede soube soar
CALE A BOCA A a a!
quarta-feira, 19 de junho de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
Amor das seis cordas
Voz é calma
Forma insondável de sentir
Batimentos são ritmos
Essência das duas vidas
Respiração é presença
Som que abraça os sentidos
Os passos, sinais
Que oscilam com a dinâmica
São tantos os sons
Que tocam esse amor
São tantas as músicas
Que cantam esses olhos
E no canto do quarto
Em lugar de destaque
A guitarra apaixonada se pergunta
Quais notas e compassos preciso aprender
Para tocar os sons de Lucas?
sexta-feira, 3 de maio de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
Shhhhhhhhhhhhhh!
Espere só um instante...
Reparou no fim do som?
Agora o silêncio ronda
Agora ele está e é tão cheio de si que até assusta
Percebe o som do nada?
É oco, mas denso
Percebe? Até amedronta
Tem muita informação nesse nada no ar
Tem muito tareco de pensamento que perdeu a voz
Tem o tudo que virou nada
Tem som que acabou: futuro barulho que travou
Tem a pausa da melodia
E ainda assim tem ritmo, tem harmonia
Espere só um instante...
Nessa ausência de som existe vida?
Alegria?
Ah... a mudez tem coisa estranha
Paz, segredo, calmaria
Coisa que, já reparei
Não se encaixa nessa vida
Reparou no fim do som?
Agora o silêncio ronda
Agora ele está e é tão cheio de si que até assusta
Percebe o som do nada?
É oco, mas denso
Percebe? Até amedronta
Tem muita informação nesse nada no ar
Tem muito tareco de pensamento que perdeu a voz
Tem o tudo que virou nada
Tem som que acabou: futuro barulho que travou
Tem a pausa da melodia
E ainda assim tem ritmo, tem harmonia
Espere só um instante...
Nessa ausência de som existe vida?
Alegria?
Ah... a mudez tem coisa estranha
Paz, segredo, calmaria
Coisa que, já reparei
Não se encaixa nessa vida
segunda-feira, 4 de março de 2013
Depois de anos...
Em algum lugar do passado tropecei num laço que alcançava todos os sentimentos
do mundo e esse laço foi me enrolando de alegrias, de emoções, de formas novas
de ver o mundo, de ver a vida, entender os dias, os amores, as agonias; foi
então que eu percebi que não haviam mais pontas soltas e que o grande laço
que me segurava tinha rosto, tinha nome,
tinha toda aquela personalidade, tinha de ser algo maior que um ser, tinha que
ser a tal gigantesca amizade e tinha que ter aquele nome ao qual eu tanto me
referia: Mariane Peres.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Só um barco a navegar
Não sabe caber no mundo
Hora espera, hora é
E o mundo
Que todos acham que gira
Mexe que nem maré
Vai e vem que nem criança
Que nem pensa no que quer
Chega na areia tão mansa
Mas vai embora se quiser
A vida torta de conceitos
Não nasceu pra interpretar
O que hoje é o sim
Amanhã só faz negar
E assim o tempo voa
Navega num barco à vela
E as ideias da menina
Simplesmente são só dela
Nada muda com a vida
E o tempo a navegar
A voar pelas palavras
Sem sabê-las decifrar
O A vira silêncio
O B tromba de mar
O C nem se repara
E o barco a fluturar
Passa a vida, passa o mundo
Passam sonhos, passa sina
E o que passa na cabeça?
É umbigo de menina
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