terça-feira, 29 de março de 2011

- Estou completamente apaixonada!
- Jura? E por quem?
- Ah... ele é lindo! Quando eu penso nele, meus olhos brilham e meu coração quase pára... Fico imaginando como será o dia em que ele finalmente vai chegar...
- Como assim? Ele está longe?
- Não! Está vindo tão rápido... Você logo vai conhecê-lo! Passo meus dias arrumando as coisas para que ele possa vir logo...
- E quando ele chega?
- Não sei... Gosta de me surpreender! Quando me distraio, ele aparece. Mas não me importo se ele demora um pouco, porque todas as noites basta fechar os olhos para vê-lo.
- Mas qual o nome dele, afinal?
- Futuro.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Como é o fim? O fim tem sabor, dói?
Como ele anda e como pára?
O fim espera, vai por inércia?
Passa por nós e continua esbarrando nos outros,
ou tropeça e cai nos nossos pés?
Como é o fim, afinal?
É o nada, o começo de algo, o meio do caminho?
Ele existe ou é lenda?
O fim está?
O fim é?
O fim é só o ponto, a última página do livro?
Tem forma de quê?
Quando menos se espera...
Fim?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Frio


O frio inspira
Os pés gelados chamam o chocolate e o edredom
O corpo fica quente, mas o frio continua no ar
Frio que passa pelo rosto até ser quebrado pelo café
O cheiro do café inspira
Calor que desce e alaga o estômago
Faz efeito nos pés,
Abre os olhos e eletriza a mente
A agitação inspira
Companhia torna-se necessária
O telefone pula para a cama
O edredom perde metade das palavras
A conversa inspira
Bocejar é inevitável
A cafeína evapora
Travesseiros abraçam
A escuridão acalma
O telefonema inspira
A voz vira imagem turva
A paixão é inspiradora.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Primeira Publicação!!!!!

            Fico muito feliz em escrever no blog hoje! Tenho uma bela notícia! A crônica "Mar de Rosas" (que tem aqui no blog) foi selecionada para entrar no livro "Seleta de Crônicas - edição especial 2011" da Câmara Brasileira de Jovens Escritores! Se você quiser comprar esse livro, o link está aqui:
http://www.camarabrasileira.com/cronicas2011.htm

           Bom... é isso! Comemoremos!

terça-feira, 1 de março de 2011

              A questão é que a questão não estava definida como uma questão de fato. Mal era fato. A coisa indefinida que aquilo se transformou foi tomando forma de nada, mas um nada com forma de algo, que apesar de ser algo, era indefinido e que, talvez por esse motivo, não passava de nada. E se tudo era confuso nessa hora, era justamente porque a palavra adequada ainda não existia para descrever. Não que a cuca fosse incapaz de inventar algum termo esquisito que desse a idéia da coisa toda, mas é que o simples fato do fato ainda ser nada, dificultava os pensamentos daquela criatura que se esforçava para me entender! Porém, sejamos francos: não era lógico o raciocínio? E se o óbvio ainda não tinha atingido aquela cabeça no topo do corpo comprido que me olhava de cima, alguma atitude eu deveria tomar! E foi assim, sob pressão extrema, que aprendi aquela bendita palavra: mamadeira!